Minha alegria meu inferno contagia. says:
-Chove. Chove na minha rua, chove na vidraça das janelas, chove numa avenida francesa. E me pergunto se choveria numa avenida paulista, numa rua de Olinda, talvez Recife.
Chove nos meus olhos.
E me pergunto, me pergunto, me pergunto. A chuva vem a trazer gotas importantes também. Como estarah o meu amor?
Serà que chove na sua rua? Serah que lava o seu caminho? De àguas àcidas, inda nâo minerais?
Serà que leva folhas e latas pelos vincos das calçadas, banhando sua varanda encharcadando-a de odor? Odor de chuva da estradas, de percurso do trabalho, de fumaça, asfalto sem cor?
Serà que chove na sua alma? Maldita seja sem amor?
- É seu esse? pergunta-me um outro grande amor.
- Se nâo sâo minhas as àguas que eu derramo, quem as derramaria em meu favor?
Se o céu nâo é meu, quem nele voaria ao teu pavor?
- Nâo entendi este ùltimo. ele diz.
- Foi porque seu amor te cegou. respondo.
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3 comentários:
oi querida
gostei bastante, particularmente da ultima linha, este domínio do teu céu.
beijos
Lindo, você que escreveu?
Oui!
;)
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