terça-feira, 10 de março de 2009

Para uma mulher amada.


Devir, Lilith...

Noto meu cabelo alongar-se feito asas
a cada banho que tomo e finjo
que o tempo me escorre entre as pernas
sangrando-me.

O tempo para nòs, mulheres
conta-se num conta-gotas
Como antigo relògio grego
de barro e àguas e sangue.

Dos 17 aos 27 foi um salto
de contàveis sangramentos
de corpo, de lagrimas, ânima.

E por fim, o que eu te digo
Sobrou-me o momento
de ser por fim esta mulher
entretantas aves.

E que ainda assim, nâo voa.

Um comentário:

Stein Haeger disse...

Então se passarinhar for sina, abraçar-se ao destino e agradecer pela dádiva é algo que já devia ter sido feito, pois pior é ser guiado por correntes, impossibilitado por algemas e limitado por grades... asas pra que te quero? ... passa reto compromissos, regras, etiquetas. por aqui não existe tabús. Eu quero é passarinhar.